terça-feira, 12 de abril de 2011

Coluna do Teo | Cinema Fashion

Semana passada, achei legal dividir com vocês os filmes mais tri legais que as fashion houses estavam produzindo. Esta semana, a gente vai um pouco além. Fiz uma seleção bacaninha de filmes que tratam da temática moda e que tem aquele je ne sais quoi fashion, indo do clássico ao moderno. Conversei com amigas e elas também deram seus pitacos por aqui. Vamos continuar com a ideia de que as roupas contam histórias e, em filmes, o figurino pode marcar muito a construção da identidade da própria obra cinematográfica.























Qual o primeiro filme que tem à cabeça quando se pensa em cinema fashion? Eu só penso na nossa diva Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo toda linda de vestido Givenchy preto e óculos Ray Ban. A garota matreira e excêntrica que é a Holly Golightly nos deixa de boca aberta com seu jeito eternamente elegante. Repare que ela é fina até comendo doughnuts!
Bonequinha de Luxo serviu como veiculo de propaganda de diversos produtos da moda. Primeiro, o tubinho Givenchy que a gente nunca esquece, que foi recentemente leiload por apenas 945 dólares. Depois, ela põe em voga o modelo de óculos Wayfarer da Ray Ban. Não que eles já não fossem objetos de desejo; nos anos 50, eles eram a febre dos modernos. Mas Audrey o estende às mulheres que, querendo ser Holly, aderem totalmente à moda. E as joias da Tiffany. A Tiffany, para a Holly, é um local escapista, onde ela se sente totalmente segura e à vontade. Quando Holly se casar, ela quer um anel de diamantes da Tiffany. A Tiffany, então, é o sonho de todas as noivas! O titulo original do filme não é nada à toa (Breakfast At Tiffany's, em português "Café da Manhã na Tiffany").



















Blow-Up
, do diretor Michelangelo Antonioni, retretata muito bem a moda jovem inglesa dos anos 60. Minissaias de Mary Quant, os tubinhos, a "moda espacial", as botas de cano alto. O filme tem uma das cenas mais emblemáticas da história do cinema, que é a sensão de fotos feitas com a super model histórica Veruschka, em que a modelo e o fotógrafo Thomas sensualizam ao máximo no estudio. Com participação da cantora francesa mais linda de todos os tempos, Jane Birkin fazendo papel de modelo aspirante, que acaba ficando nua em uma cena. Interessante ver o que era o backstage da vida de fotografo e de modelo na época.
























Hair
é parada obrigatória para todos que desejam conhecer o que era, muito estereotipadamente, o jeito de se vestir hippie dos anos 60. Se você gosta de musicais, Hair é uma boa pedida. Acompanhe essa trupe andando pra cima e pra baixo cantando, se drogando, amando, subvertendo ideiais e etc.





















Atira a primeira pedra quem nunca quis ter um computador pra escolher seu look que nem o da Alicia Silverstone em As Patricinhas de Beverley Hills! O filme é tudo. Destaca a relação dos jovens com o boom das grandes marcas nos anos 90. Ser patricinha é ter poder sobre todos, é poder pegar o boy magia que quiser, é driblar os professores com as artimanhas mais descaradas e vestir um vestido Calvin Klein pra uma festa podrinha no suburbio de Los Angeles ou um Alaïa na aula chatinha de Retórica. No minimo, rende boas risadas e muita nostalgia!



















Pois é, a Erva Venenosa em pessoa. Não olhe demais, ela pode te demitir, te fazer reprovar na faculdade, perder o boy, o ônibus, a cabeça, e muito mais! Baseado em personagens reais, O Diabo Veste Prada é um filme excelente pra quem quer saber mais um pouco sobre o backstage do mundo glam das revistas de moda (que só fica nas páginas mesmo!). A gente nem precisa comentar os figurinos, as atuações e os cenários manhattanianos do filme. Emociono quando vejo a Anne Hathaway deixando de ser pobrinha e virando fashionista na cena em que toca Vogue da Madonna (pronto, falei)! Em toda redação tem intriga, ainda mais de revista de moda, que o povinho do carão é todo cricri. (Só em off, é o mesmo climão aqui no Bagunça! Brincadeirinha, meninas)




















Se você gosta de O Diabo Veste Prada, e quer conhecer as pessoinhas que inspiraram a criação do filme, então assista logo a The September Issue. O filme de 2009 documenta a o processo de concepção da edição de Setembro de 2007 da Vogue America, a maior edição de toda história da Vogue! Mostra o lado negro das publicações de moda e a tensão entre os editores da revista, incluindo a diretora de criação Grace Coddington, e a editora-chefe Anna Wintour, a verdadeira diaba-veste-prada da moda. Passeie por desfiles de prêt-a-porter, de alta costura e ateliês de Oscar de la Renta e Jean Paul-Gaultier com as editoras da Vogue America, veja Anna Wintour fechando a cara para uma coleção da YSL e muitos outros baphos.




















Por último, e não menos importante, vem o drama italiano de 2009, I Am Love, de Luca Guadagnino. Estrelando Tilda Swinton como matriarca nascida russa "transformada" em italiana, o filme se passa em Milão retrata a derrocada dos Recchi, uma abastada familia italiana da alta burguesia. Foi indicado ao Oscar de Melhor Figurino e tem peças criadas pelas grifes Fendi e pela hypada Jil Sander, revitalizada pelas mãos do belga Raf Simons. Ótimo roteiro e uma atuação, como sempre, sublime de Tilda Swinton.

A fim de trocar mais algumas figurinhas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário