segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tendências para o Inverno

A segunda colaboração do bagunça chegou! Meio atrasada, por culpa de meus problemas com computador, mas chegou!

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O Inverno já deu as caras por aqui (vide os poucos graus Celsius acima de zero em (Curitiba) e tá na hora da gente começar a fazer umas notinhas sobre tendências e modas que tão num red carpet ali, num face hunter aqui, na rua do lado...

Queria começar falando que parti bastante do conteúdo da Vogue BR de Junho (aliás, com Daniela Falcão como nova editora de redação).

Tricô - Must do Inverno.

É claro que, desde quando nos entendemos por gente, nos usamos tricô. O gorrinho, o cachecol, o casaco, sempre os presentes mais gostosos e quentinhos da avó. Só que ninguém te contou que o tricô ia virar business e ser adotado como maxi tendência fashion. A tendência surgiu na estação passada e foi notada em diversas marcas.
Normalmente, o tricô era encarado com uma pegada mais étnica. Você encontrava aquelas coisas mais andinas ou, ressalva para as contradições, com motivos africanos. A verdade é que o tricô nunca foi um item muito glamouroso. Mas, hoje, ele foi adaptado e subvertido às mais diferentes versões: o high-tech brilhante (do elogiadíssimo estreante Lucas Nascimento); o urbano (Osklen); o esportivo (Maria Bonita) e o manual (Mara Mac). O que vale, no fim das contas, é se aproveitar e saber usar as texturas do material. Na verdade, eu sou bem suspeito pra falar de tricô, até porque eu tricoto. Mal, mas tricoto.


Na ordem: Lucas Nascimento, Maria Bonita, Mara Mac, Osklen.


Clogs - Direto dos hippies 70’s para Chanel

Historicamente, as clogs são sapatos usados por mineradores e fazendeiros para trabalhar. Também usados para ‘clog-dancing’, as clogs tiveram diversas versões nos diferentes países em que se desenvolveu, principalmente Noruega, Dinamarca, Bélgica, Lituânia e Suíça.
Nos anos 70, foram adotadas pelos hippies e possuíam modelos unissex. Eram usadas sem meia e designavam o ‘homem vanguardista’. Imagino...
Ano passado, a Chanel apostou pesado nas clogs no Verão 2010. Muitas pessoas torceram seus narizes, até eu. Admito que, até hoje, não simpatizo com os modelos criados pelo Karl Lagerfeld. Porém, foi apenas necessário um pouco de marketing e o negócio estourou. No prêt-a-porter brasileiro, o primeiro a criar suas versões foi o Lucas Nascimento, seguido de Amapô. As grifes de sapatos também investiram no negócio e parecem que tiveram lucros. Pelo menos, a Schutz vendeu todo o seu estoque em dois dias e planeja criar uma nova coleção com os modelos para o Verão.
O legal das clogs é usá-las para o dia. Como elas são mais informais e tem um certo tom lúdico, ir pra compromissos mais finos com clogs não é a melhor pedida. Combine com uma calça baggy ou uma calça cenoura (justa na perna e folgadinha nos quadris) com a barra dobrada, uma camisa simples, que pode ser t-shirt, e um casaco. Ou use uma das fórmulas das ankle boots e use com um mini e meia calça. As duas são bastante semelhantes, então, muitas vezes, o que funciona com uma pode funcionar com a outra.
Deve-se lembrar que as clogs cobrem os pés de gente como Marie-Kate Olsen, Rachel Bilson, Ashlee Simpson, Fernanda Lima, a blogueira norte-americana de 14 anos über-hype Tavi.
Vai se aventurar?



Clogs da Swedish Hasbeens


Tavi usando suas clogs recém-compradas da Miu Miu (linha jovem da Prada)



Phoebe Philo - o nome do Inverno europeu.


Eu me empolgava, mas não acreditava muito na estória do minimalismo. Graças ao Inverno europeu 2011, paguei a minha lingua.
Depois das estações passadas, jorradas a barroquismos e extravagâncias, esse inverno vem secar e diluir isso tudo. Os excessos foram cortados pela raiz, e só foi deixada a essência. As silhuetas se tornaram mais limpas e simples, sem muitos adornos e complicações. E quem soube fazer isso com maestria foi a Céline, dirigida pela Phoebe Philo a três estações. O que há ali é só o que interessa. O neominimalismo de Philo não tem toda a assepsia dos 90’s, mas ainda preserva a limpeza formal e dita as cores neutras como statement para a mulher Céline, que é uma mulher forte, independente, a mulher que assume os mesmos cargos que os homens, tem poder, decisão e firmeza. Além disso, Phoebe Philo criou uma coleção quiçá feminina, sem cair no minimalismo andrógino. Quando a gente fala em neomnimalismo, é porque é neo mesmo.
Uma coleção pronta para as Manhattan women elegantérrimas.


Céline na Paris Fashion Week/Inverno 2011


Phoebe Philo na capa da The Gentlewoman



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Oi, meu nome é Teo Almeida e tô fazendo essa pequena ponta aqui no Bagunça. Estudo Design na Universidade Federal de Pernambuco e pretendo me focar em, adivinha?, Design de Moda. Não necessariamente viciado em comprar roupas, mas em me atualizar sobre as notícias do mundo da moda, ler fashion blogs e revistas de moda. Meu gosto vai da alta costura mais sonhadora e fantasiosa ao looks de street-style mais detonados possíveis. Já sonhei que a Anna Wintour me contratava como editor de moda da Vogue America, tenho a Rei Kawakubo da Comme des Garçons como a minha estilista favorita de todos os tempos, e não poupo palavras pra ir contra quem diz que moda de passarela não dá pra chegar às ruas - é tudo uma questão de criatividade. Gostaria de ter aqué pra usar a coleção masculina da Jil Sander 2010.

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